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Literatura Portuguesa
Poema e Revolução
Autores: Francisco Miguel Duarte e Geraldo Vandré
Tatiana B. Blumenthal Willian
de Souza Diego Barros
Resumo:
Este
trabalho apresenta os elementos que constituem relação entre o poema de Francisco
M. Duarte e a música de Geraldo Vandré, bem como diferenças estruturais e o
contexto sócio histórico de ambas as obras.
Palavras
chave: Revolução, luta, expressão, liberdade, poema, firmeza, soldados,
pátria, ditadura militar, música.
Poema e
Revolução
Autores: Francisco
Miguel Duarte e Geraldo Vandré
Inseridos
em um contexto histórico de revoluções, pós-guerra e ditadura militar, ambos buscaram
expressar ideias de liberdade, visando um amanhã diferente. As obras de
Francisco Miguel Duarte e Geraldo Vandré lidam com a realidade do povo, com sua
sede de mudança em relação a sua realidade, impondo, exibindo, demonstrando a
grande necessidade de se levantar e soltar a voz em prol da construção de um
futuro melhor. Cada texto trabalha essa condição de um ponto de vista
diferente, porém ambos mantêm a mesma essência.
O poema
de Duarte gira em torno da essência de estereótipos, em que cada um carrega
consigo uma consequência do seu ser, e leva o leitor a refletir sobre a
necessidade de deixar fraquezas, e lutar por liberdade e por um mundo melhor,
deixando claro de que na ausência de luta e imposição por parte dos oprimidos,
não haverá jamais liberdade propriamente dita. Já a música de Geraldo Vandré,
apesar de parecer ter a mesma essência, não foi criado com o propósito de
incitar a revolução, mas foi entendido como tal devido sua criação e divulgação
durante a ditadura militar.
O
contexto na música de Geraldo é de uma sociedade já em tempos de opressão,
necessitada de um incentivo, uma sociedade enfraquecida pelas perdas e pelo
sofrimento da ditadura, ao passo que o poema de Duarte é uma reflexão do autor
sobre os sentimentos que perpassavam a sociedade.
Francisco
Miguel Duarte
|
Geraldo
Vandré
|
Vive o
fraco na fraqueza
o bom na sua bondade vive o firme na firmeza lutando por liberdade.
Não
cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte, que o homem que tem firmeza não se rende nem à morte.
Educa
a tua vontade
faz-te firme: em decisões, que não terá liberdade quem não fizer revoluções.
Se
queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra, quem da luta fica fora neste jogo nunca medra. |
Caminhando
e cantando
E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção.
Vem,
vamos embora
Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer.
Pelos
campos há fome
Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão
Há
soldados armados,
Amados ou não Quase todos perdidos De armas na mão Nos quartéis lhes ensinam Uma antiga lição De morrer pela pátria E viver sem razão
Nas
escolas, nas ruas
Campos, construções Somos todos soldados Armados ou não Os amores na mente As flores no chão A certeza na frente A história na mão Caminhando e cantando E seguindo a canção Aprendendo e ensinando Uma nova lição. |
Canção
de Geraldo Vandré editada pelo grupo.
Bibliografia:
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