segunda-feira, 24 de novembro de 2014

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Literatura Portuguesa
Poema e Revolução
Autores: Francisco Miguel Duarte e Geraldo Vandré


Tatiana B. Blumenthal       Willian de Souza       Diego Barros
Resumo:
Este trabalho apresenta os elementos que constituem relação entre o poema de Francisco M. Duarte e a música de Geraldo Vandré, bem como diferenças estruturais e o contexto sócio histórico de ambas as obras.
Palavras chave: Revolução, luta, expressão, liberdade, poema, firmeza, soldados, pátria, ditadura militar, música.

Poema e Revolução
Autores: Francisco Miguel Duarte e Geraldo Vandré
Inseridos em um contexto histórico de revoluções, pós-guerra e ditadura militar, ambos buscaram expressar ideias de liberdade, visando um amanhã diferente. As obras de Francisco Miguel Duarte e Geraldo Vandré lidam com a realidade do povo, com sua sede de mudança em relação a sua realidade, impondo, exibindo, demonstrando a grande necessidade de se levantar e soltar a voz em prol da construção de um futuro melhor. Cada texto trabalha essa condição de um ponto de vista diferente, porém ambos mantêm a mesma essência.
O poema de Duarte gira em torno da essência de estereótipos, em que cada um carrega consigo uma consequência do seu ser, e leva o leitor a refletir sobre a necessidade de deixar fraquezas, e lutar por liberdade e por um mundo melhor, deixando claro de que na ausência de luta e imposição por parte dos oprimidos, não haverá jamais liberdade propriamente dita. Já a música de Geraldo Vandré, apesar de parecer ter a mesma essência, não foi criado com o propósito de incitar a revolução, mas foi entendido como tal devido sua criação e divulgação durante a ditadura militar.
O contexto na música de Geraldo é de uma sociedade já em tempos de opressão, necessitada de um incentivo, uma sociedade enfraquecida pelas perdas e pelo sofrimento da ditadura, ao passo que o poema de Duarte é uma reflexão do autor sobre os sentimentos que perpassavam a sociedade.
    
Francisco Miguel Duarte
Geraldo Vandré
Vive o fraco na fraqueza
o bom na sua bondade
vive o firme na firmeza
lutando por liberdade.
 Não cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte,
que o homem que tem firmeza
não se rende nem à morte.
 Educa a tua vontade
faz-te firme: em decisões,
que não terá liberdade
quem não fizer revoluções.
Se queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra,
quem da luta fica fora
neste jogo nunca medra.
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer.
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
Há soldados armados,
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição.
 Canção de Geraldo Vandré editada pelo grupo.

Bibliografia:


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